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Há por aí mais lutadoras(es) como eu neste séc XXI em que tudo é descartável? Acompanhem-me, por favor, mais companheiros de viagem nunca são demais...
e porque é que se continua a viver ao lado de quem já não nos ama?
e se permite que nos tratem como mobiliário? mesmo quando me correm lágrimas e não me abraçam?
já não encontro razões nem impulsos para ficar... para deixar que me gastem dias de vida sem viver...
há desse lado do ecrã alguém que sinta o mesmo e não consiga mudar de vida? como se tivesse sido emitida uma sentença de morte enquanto se respira, mal... e escasseia o oxigénio... e queimam-nos o coração e a alegria...
Amante... palavra proibida, aquela que nem nos atrevemos a pronunciar em voz alta pois sem dúvida teremos sobre nós imensos olhares alheios a perscrutar se ali há história na penumbra...
Nunca tive nenhum amante, nunca traí um companheiro, mas... já fui amante! PERDOEM-ME mas a questão continua a ser a mesma, eu estava livre e ele é que tinha companheira.
Vivi muitos anos só, entrei e saí de várias relações, sempre com medo de ser infeliz, fugia-lhes a sete pés!!! até que um acabou por me "enrolar" e cá estou! a viver com ele...
Já passaram uns anos, poucos, mas o suficiente para me sentir infeliz, para sentir falta de atenção, falta de carinho numa base constante.
Ele come todos os dias, dorme todos os dias, mas não entende que eu preciso de carinho e atenção TODOS os dias!
Falta-me algo na minha pele, no meu corpo, no meu olhar... e... deparo-me com a vontade de ter alguém mais... de me sentir desejada... de me sentir procurada para um beijo intenso, para um abraço apertado, para um encontro furtivo (eu bem sugiro isso ao meu companheiro, mas ele... nada) e eu... sinto-me INCOMPLETA!
A minha vida está semi-vazia, ou semi-cheia, mas não está a ser vivida como eu preciso...
podia colocar a questão assim:
- quem não gosta? pelo menos de alguma... e sem entrar na discussão sobre o que é a pornografia e o que é a visão erótica do sexo...
eu gosto, como gosto de várias outras coisas, mas que não as procuro como se precisasse dessas 'coisas' para viver!
é como acessórios sexuais, tipo vibradores e afins. eu não sinto necessidade de recorrer a essas 'coisas' para ter prazer, mas se o outro as quiser usar, sem imposição... está ok...
desculpem se parece que me desviei do tema, mas está tudo ligado, não?
é que o meu companheiro gosta e apesar de termos uma vida sexual activa - ainda que eu ache que o é porque eu o procuro mais do que ele a mim - eu tenho a impressão que ele 'precisa daquilo'... será?
nós mulheres sentimo-nos bem se soubermos que eles se excitam a ver vídeos porno?
eu às vezes já nem sei o que pensar...
e vocês?
ser cretino pode até ser uma qualidade, a avaliar pelo sucesso dos nossos políticos, mas... na vida íntima, a cretinice não é, nem de longe nem de perto, o caminho para o sucesso!
um homem que colecciona paixões, que atiça corações para logo depois os abandonar... é um CRETINO!
igualmente para as mulheres!
surge então, a par desta linha de pensamento, a outra, a da fidelidade...
entregarmo-nos apenas e somente a uma única outra pessoa...
muito me debato interiormente sobre este tema, até porque sou ciumenta a partir do momento em que há sinais de DISPERSÃO! e isso transformou-me nesta minha relação, na ciumenta, naquela que parece ver qualquer mais em quase tudo... entendem? mas, acreditem, isso só me faz sentir triste e só... eu quero sentir-me tranquila, sem estar de pé atrás a cada atitude menos "normal"!
continuo neste caminho, mas tem momentos de dor em que só me apetece desistir, e voltar para o meu caminho de paz em que vivia, apesar de sozinha.
essa é a expressão que mais nos ocorre quando não nos sentimos correspondidos em intensidade de entrega e de amar, por quem até continua connosco e até, eventualmente, ainda nos diz uns "amo-te" de vez em quando...
e é mesmo assim que me sinto... é isto mesmo que eu acho que ele sente por mim, acha que o meu amor por ele está garantido, por um lado, e, por outro lado, já desvalorizou o meu amor, por isso, eu até acho que se eu desaparecer da vida dele... ele não se ia importar muito...
estou a ser negativa?
sei lá!!!!!!!!!!!!
o que eu sei é que ele, na maior parte do tempo, não me faz sentir MULHER!
não, não estou a referir-me às contraceptivas, estou mesmo a querer que sejam inventadas umas pílulas que aumentem a nossa auto-confiança!!!
tenho um déficit dessa qualidade (?)
isto de me sentir como se o chão me faltasse, como se até respirar me custasse, isto de não sentir uma ligação bilateral... deve ter algum nome, e eu só me lembro de insegurança!
esta dor no meu peito, a angústia de não te sentir, a tristeza de me ter entregado a quem não se entregou a mim, esta vontade de desistir não me larga.
ninguém sabe tudo e eu não sei nada, só sei que não me sinto feliz, que não tenho razões de sobra para me sentir amada e depois lembro-me da minha mea culpa.
eu tenho expectativas ELEVADAS, eu dou-me desde a medula e preciso da mesma ligação forte...
eu tenho SONHOS, muitos, e preocupo-me em concretizar os sonhos de quem amo, e preciso de ser amada por quem também procure realizar os meus, só assim faz sentido para mim...
eu dedico-me por inteiro, preciso que se dediquem a mim, também por inteiro...
eu sinto a falta da presença, da voz, do calor da pele, da invasão do olhar... quero dar a quem quer receber e quero receber por me quereres dar...
infeliz e angustiada?
será...
mea culpa?
o que todos procuram? somos todos diferentes, mas todos iguais!
e todos queremos sentir-nos desejados!
às vezes nem fazemos questão de ser amados,
basta-nos sentir desejados,
basta sentirmos que fazemos falta, que fazemos a diferença no dia de alguém...
eu não sou diferente...
desculpa se o que me dás sabe-me a demasiado... POUCO!
e esta sensação de vazio que me deixas a sentir quando estás comigo e quando não estás
esta sensação de não te fazer falta deixa-me sem vontade de continuar
de continuar a te amar, de continuar a te procurar, de continuar a ser tua
queria o meu corpo sentir a excitação do teu, sentir o teu desejo por mim
mas apenas raras vezes pareces ter sentido assim,
raras vezes sinto que me queres
e isso não me basta, não me faz sentir mulher, tua mulher
procuro...
Parece até ridículo, mas é verdade, apaixonei-me pelo homem com quem depois me casei, numa base de paixão e… preconceito positivo.
Passo a explicar:
Ele já tinha vivido em comum por uma dúzia de anos, por isso eu achei (ingénuo preconceito) que ele sabia como estar com uma mulher. Sim, porque na base, somos todas iguais, assim como eles são todos iguais e as experiências de vida em comum também se repetem… de casal em casal… Óbvio que há variantes, tonalidades, mas está lá a essência do ser humano, arrisco-me mesmo a dizer: SEMPRE!
Além disso outro factor não menos importante para mim também pesou bastante na construção da minha imagem dele. O meu marido é de origem humilde, de uma região de Portugal a que eu associo a pessoas simples de coração puro, onde a maldade não encontra poiso nem a mentira (outro ingénuo preconceito).
E retomando a minha confissão, eu casei – apesar de um tempo de namoro médio para quem já está nos quarenta, um ano de namoro parece que não é nada demais nem de menos, desde que haja a maturidade (como eu achava que havia…) das pessoas de mostrarem exactamente como são, sema aqueles truques de adolescente em que se quer conquiostar alguém mesmo que se finja ser o que na realidade… não se é! mas aos quarenta anos?!?!?! Não faz sentido!!! Pelo menos para mim…
A verdade é que ele quando se apaixonou por mim e quando achou que queria ter-me… fez “tudo” o que vislumbrou… para me conquistar… claro que depois quando já estava convencido que o casamento ia concretizar-se, portanto eu já estava conquistada, ele começou a ficar mais ele… Eu é que estava emocionalmente tão ligada, a ele e até, confesso, a algumas pessoas da família dele, que não quis ver! Ser humana é uma grande chatice, isso é que é!!!
E provas dadas, o rapaz não é nem naturalmente cavalheiro, nem é cuidadoso com esta relação, é um misto de “ora agora estou aqui, para ti, ora agora um ror de outras coisas/pessoas são muito mais importantes para mim do que tu, mulher” E nem é preciso dizer-vos, não é?
FRUSTRAÇÃO!!! DESILUSÃO!!!
E tudo graças ao meu preconceito optimista… agora… é assim! É a realidade a olhar-me de frente, sem pestanejar… e eu… a sentir-me muitas vezes perdida… perdi…
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A minha vida, como a de muitas outras mulheres, está repleta de estórias de amor e de desamor... até aí... nada demais!
A realidade é que vamos dando um pouco do nosso ser íntimo em cada uma dessas relações vividas e cada vez temos um pouco menos para dar... Apesar de podermos nos voltar a entregar e voltarmos a acreditar que "é desta que vou ser feliz", na verdade as marcas ficam... e entregamo-nos um pouco menos, mesmo sem o percebermos...
Entra aqui a tal questão de que tanto se comenta que a tolerância diminui de relação para relação... Bem como que agora as pessoas não se compromentem, não se entregam, não se sacrificam... Na verdade nós entramos num ciclo de tentativa/erro e reagimos ao que percepcionamos ser um sinal de que a seguir nos vão magoar, falhar... E não resistimos... Partimos...
Partimos por vezes sob a promessa - connosco próprias - de que aquela foi a última tentativa, a última oportunidade ao amor... mas, como um abraço faz falta... passado mais ou menos tempo... surge nova ilusão, mais uma chance, mas no fundo, vamos meio desconfiadas...
Hoje estou a viver mais uma dessas tentativas, mas desta vez, aliás, como já me tinha querido transformar na anterior relação, desta vez não me quero resignar ao insucesso, quero lutar para que a relação cresça, mesmo com dificuldades, mesmo com desilusões, mesmo com lágrimas...
Hoje disponho-me a construir em vez de destruir, proponho-me a resistir em vez de desistir, mas acreditem, a luta dentro de mim tem sido muito complicada... Habituei-me a não forçar nada, mas, por outro lado, também a não aceitar nada e quando os primeiros sinais de frustração emergiam... eu... desaparecia!!!
Há por aí mais lutadoras(es) como eu neste séc XXI em que tudo é descartável?
Acompanhem-me por favor, mais companheiros de viagem nunca são demais...
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